Fiscais da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) e da Prefeitura de Paulista, no Grande Recife,
deram início, nesta sexta-feira (7), à demolição das casas localizadas
em uma reserva de Mata Atlântica. Com a ajuda de um trator, eles
retiraram várias cercas, algumas feitas com estacas de concreto. Entre
elas, os fiscais encontraram novas placas, com a identificação de
invasores, demarcando os lotes, algumas das quais com nomes de policiais
militares.
A área invadida tem 300 hectares e boa parte da Mata Atlântica
destruída, para ser transformada em um loteamento irregular. Dentro do
local ficam ainda as ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres,
protegidas por uma lei estadual. De acordo com os registros da
prefeitura, as terras pertencem à Companhia de Tecidos Paulista (CTP).
Mesmo sendo uma propriedade particular, a Prefeitura pode fazer as
demolições, para garantir a preservação do meio ambiente.
O trabalho começou pelas casas que ainda estão sendo construídas.
Naquelas em que já há famílias morando, só com decisão judicial. O
secretário do Meio Ambiente de Paulista, Alcides Leitão, mostrou
documentos que comprovam que a CTP já entrou na justiça com o pedido de
reintegração de posse, fundamental para que as casas sejam retiradas.
“É preciso que se leve em consideração o parecer judicial, mesmo que
seja área de proteção, porque temos considerar que tem famílias,
inclusive crianças, dentro dessas residências”, explicou o secretário.
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