
Comerciantes e moradores da beira-mar do Janga, no município de
Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), estão irritados com a
demora na realização das obras de re-estruturação do calçadão e
contenção do avanço do mar. Segundo a população, durante a semana,
quando era para ter gente trabalhando no canteiro, o que se vê é o
abandono dos materiais. Para complicar ainda mais a vida deles, tapumes
foram colocados em um trecho do calçadão, deixando a passagem estreita,
dificultando a vida dos pedestres e beneficiando a ação de assaltantes
que agem ao anoitecer.
Diante dessa situação, atividades simples, a exemplo de uma caminhada
matinal e a comercialização de alimentos e bebidas na orla são
executadas com esforço. “Do balcão do meu bar não consigo observar se
meu cliente está me chamando. Essas tábuas impedem a visão de todos”,
reclamou o comerciante José Roberto. Assim como ele, Cláudio Costa, que
costuma levar a filha para brincar naquela área, também lamenta o
estado da praia. “Está horrível. Espero que terminem logo esse serviço,
pois se continuar desse jeito teremos que procurar outro lugar para
nossa diversão”, disse.
As mudanças no cenário da praia do Janga são lamentadas também pelo
vendedor de cachorro-quente Nelson Luís da Silva. Trabalhando há oito
anos nas imediações do Hospital Nossa Senhora do Ó, ele reclama que,
desde o primeiro serviço público realizado naquele local, o fluxo de
banhistas diminuiu. “Tudo contribui para prejudicar o nosso trabalho.
Como se não bastasse o avanço do mar, temos que conviver com as obras
inacabadas da prefeitura. Abriram esses buracos, colocaram essas
madeiras e pronto. Quando vão terminar com isso?”, questionou.
A pergunta do comerciante, a princípio, ficará aguardando uma
resposta precisa. Isso porque o serviço foi embargado pela Agência
Estadual de Meio Ambiente (CPRH), pois a licença para execução da obra,
que tem validade de um ano, venceu. Uma nova liberação foi solicitada
pela Prefeitura de Paulista, de acordo com a diretora de Obras da
cidade, Ana Elizabeth, e deve ser concedida nos próximos dias.
Sobre o andamento do trabalho, Ana Elizabeth, que assumiu o cargo há
apenas um mês, informou que, segundo o fiscal da obra, ainda restam ser
concluídos 90% do serviço. “Conversei com ele (fiscal) e fui informada
que até o momento foram feitos 10%”, disse. Ainda de acordo com a
gestora, entraves burocráticos têm favorecido para que o serviço não
seja feito com mais rapidez.
Enquanto a prefeitura luta para destravar a obra, comerciantes e moradores do Janga rezam para verem chegar o dia da inauguração do projeto. “Só quando isso acontecer terei mais tranquilidade. Ou não. Porque desde que o mar começou a avançar, minha vida foi recuar o bar e perder a clientela. Já falaram que terminariam o calçadão no final deste ano, mas não acredito nesse prazo de jeito nenhum”, disparou José Roberto.
Enquanto a prefeitura luta para destravar a obra, comerciantes e moradores do Janga rezam para verem chegar o dia da inauguração do projeto. “Só quando isso acontecer terei mais tranquilidade. Ou não. Porque desde que o mar começou a avançar, minha vida foi recuar o bar e perder a clientela. Já falaram que terminariam o calçadão no final deste ano, mas não acredito nesse prazo de jeito nenhum”, disparou José Roberto.
A OBRA
O serviço na orla do Janga vai ser realizado em cinco trechos considerados críticos pela Secretaria de Infraestrutura de Paulista. O primeiro fica após a ponte, na Enseadinha; o segundo, nas proximidades da Pizzaria do Gordo; o terceiro, perto do Bar do Bebeto. Os outros estão em fase de estudos. Naquela área vão ser feitos serviços de contenção do avanço do mar, com a construção de um paredão; recuperação do calçadão, dos brinquedos e dos bancos que estão danificados, entre outros. O trabalho está orçado em mais de R$ 14 milhões.
O serviço na orla do Janga vai ser realizado em cinco trechos considerados críticos pela Secretaria de Infraestrutura de Paulista. O primeiro fica após a ponte, na Enseadinha; o segundo, nas proximidades da Pizzaria do Gordo; o terceiro, perto do Bar do Bebeto. Os outros estão em fase de estudos. Naquela área vão ser feitos serviços de contenção do avanço do mar, com a construção de um paredão; recuperação do calçadão, dos brinquedos e dos bancos que estão danificados, entre outros. O trabalho está orçado em mais de R$ 14 milhões.
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