Um em cada 5 pacientes de 20 a 35 anos que apresentam problemas
sexuais já se automedicou com algum tipo de estimulante - de remédios a
fitoterápicos, como Ginkgo biloba e ginseng. Esse é o retrato obtido
pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, da Secretaria da Saúde de
São Paulo, que fez o levantamento com 300 pacientes que procuram o
ambulatório da capital paulista.
Segundo Joaquim Claro, médico-chefe do serviço de urologia do
hospital, a pesquisa mostra a carência de atendimento especializado.
“Deveria haver mais centros de referência para acolher esses pacientes”,
diz. O ambulatório foi inaugurado em 2008, dentro de um projeto que
planejava criar pelo menos mais quatro centros no Estado, o que não
ocorreu.
Na opinião do médico, o porcentual apontado pelo estudo pode estar
subdimensionado. Embora a amostra seja ampla - o centro atende pacientes
de todo o Brasil -, a faixa de renda dos homens é geralmente baixa. E o
preço de remédios para disfunção sexual é alto. Para Claro, numa
pesquisa que considerasse toda a sociedade, o total de indivíduos que
consomem sem prescrição esse tipo de remédio, entre eles Cialis e
Viagra, seria maior - como ocorre nos Estados Unidos.
O médico lembra que esses remédios podem desencadear taquicardia
dores de cabeça e visão embaçada. Em associação com outros medicamentos,
podem causar ainda hipertensão e enfarte.
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