
Após três anos aplicando recursos de Olinda para atender moradores de
Paulista, sem que a administração do município vizinho tenha
colaborado, o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) pretende tomar uma
medida extrema: anexar algumas áreas fronteiriças ao território da Marim
dos Caetés. O comunista avisou, nesta quinta-feira (18), que irá
procurar a Assembleia Legislativa e o Ministério Público para saber que
providências poderá tomar. Porém, Renildo quer se reunir com o prefeito
eleito de Paulista, Junior Matuto (PSB), para tratar do assunto, já que
não obteve êxito com o atual gestor, Yves Ribeiro (PSB).
Durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, Calheiros revelou que há
cerca de dez mil pessoas em bairros como Tabajara, Alto do Sol Nascente,
Miriueira, Beira Rio e Rio Doce sem atendimento médico e até sem
receber educação adequada, por isso está tomando a iniciativa de
assisti-las. Segundo ele, a grande maioria se sente olindense, tanto
que, conforme seus cálculos, 90% votam no seu município.
“Há 78 anos, Paulista pertencia a Olinda. E, quando foi feita a
divisão e a independência de Paulista, ficou uma área que é limite entre
os municípios, que ficou sempre muito confusa. O Ministério Público
entende que é de Paulista, mas a população entende que é de Olinda. E o
que acontece é que Paulista não oferece os serviços de saúde e educação à
população”, disparou Renildo.
O prefeito relatou ainda que, desde o final do primeiro ano de sua
gestão atual, enviou um documento à Assembleia Legislativa, informando
sobre o problema e expondo a situação do município, que possui uma baixa
arrecadação e que está custeando a demanda dessas áreas da fronteira.
“Se for necessário um projeto de lei para corrigir e declarar a área
como sendo de Olinda, então façamos esse projeto de lei. Porque, na
prática, Paulista recebe o dinheiro relativo a essas pessoas, e Olinda é
que paga a conta”, alfinetou, referindo-se aos recursos do SUS e
Fundeb.
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