A ilegalidade e o desrespeito às regras básicas da segurança no trânsito – que salvam vidas, acreditem – continuam à frente na queda de braço entre as motos de 50 cilindradas (ciclomotores) e o Detran-PE. O órgão já teve negado dois dos três recursos que impetrou no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para tentar liberar, mais uma vez, o emplacamento dos ciclomotores e, consequentemente, sua fiscalização.
Nada contra as cinquentinhas e a necessidade das pessoas, principalmente as mais humildes, de terem um veículo para se locomover. Agora, o que não pode é acontecer o que vemos nas ruas. Condutores sem capacete, transportando crianças pequenas e também desprotegidas em qualquer lugar do veículo, trafegando na contramão e, às vezes, até sob efeito de álcool. Sem falar que a grande maioria (quase a totalidade) não tem habilitação.
O Detran-PE, que ensaiou uma ação de fiscalização no fim do ano passado quando foi liberado pela Justiça para cobrar o emplacamento dos veículos, podendo passar a abordá-los em blitzes, diz estar de mãos atadas. Como o TJPE argumentou que os ciclomotores são responsabilidade dos municípios, o órgao diz que nada pode fazer…
Para não ficar parado que nem estátua, vendo a desordem reinar nas ruas, o Detran-PE planeja ir até onde o problema reina – a periferia. Nos próximos dias vai realizar blitzes educativas nos bairros mais populares do Grande Recife para tentar, através da educação e da conversa, sensibilizar os proprietários das cinquentinhas a usar, pelo menos, o capacete. Pois é. Quem não tem cão, caça até com gato.
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